? A crise não afetou as exportações agrícolas. A agricultura continua firme e, como a perspectiva é de retomada, nós acreditamos na possibilidade de aumento de 5% este ano ? disse.
Segundo ele, o incremento das vendas deve ocorrer nos setores de algodão, açúcar, etanol e carnes. Na avaliação do ministro, em entrevista no Ministério, o setor de grãos, especialmente a soja, deve manter o mesmo ritmo de crescimento de 2009. A oleaginosa liderou o ranking das exportações do setor, com 26% do total.
Segundo Stephanes, os citros também devem manter o ritmo de crescimento. Ele lembrou que o Brasil já detém 80% do mercado mundial de suco laranja. Com as notícias de possível quebra de produção nos Estados Unidos, ele prevê preços firmes para o produto, com bons resultados para as exportações brasileiras.
Stephanes destacou que a Ásia passou a ser o maior importador de produtos agrícolas do Brasil, liderada pela China. O bloco responde atualmente por 30,4% do total. A participação da União Europeia caiu de 33,1% em 2008 para 29,3% em 2009. Stephanes diz que, neste ano, a ideia é dar continuidade aos trabalhos para assegurar estes mercados, com atenção maior para o Japão, com vendas de café, e para a África do Sul, no setor de carnes.
O ministro fez a ressalva de que o Brasil não tem preferência por mercados, já que exporta para 180 países. Stephanes disse que o agronegócio brasileiro é competitivo e que o governo brasileiro tem feito um trabalho para reduzir os problemas, principalmente os ligados às questões sanitárias.
Sobre o fato de a receita com as exportações ter caído 9,8% em 2009 ante 2008, Stephanes ressaltou que a comparação é injusta.
? Estamos comparando momentos de elevações anormais com momentos de crise. De qualquer forma os preços em 2009 foram melhores que em 2007 ? afirmou.
Ele acrescentou que a reação nas exportações registrada nos últimos dois meses de 2009 indica boas perspectivas para 2010.