O governo da Colômbia está investigando a Federação de Cafeicultores (FNC) do país depois que o grupo perdeu milhões em negociações de futuros, informou o El País.
De acordo com informações da Controladoria Geral da União da Colômbia, possíveis omissões administrativas podem ter provocados prejuízos de até US$ 120 milhões, que prejudicaram os cofres do Fundo Nacional do Café e de muitos cafeicultores e cooperativas.
Os cafeicultores da Colômbia, segundo maior produtor de arábica do mundo, deixaram de entregar até 1 milhão de sacas do grão ao longo de 2020 e 2021, deixando exportadores, traders e torrefadores enfrentando grandes perdas.
Com a quebra na safra brasileira do grão, os preços globais do café dispararam, levando os produtores colombianos a promoverem um “default” para as vendas fechadas quando os preços estavam muito mais baixos, para revender o café a taxas mais altas.
A situação provocou a saída de Roberto Velez, que liderava a FNC. E a polêmica está na escolha do sucessor.
O governo de Gustavo Petro quer indicar um nome, enquanto os produtores preferem um nome do mercado, sem a interferência estatal.