Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram a segunda-feira, dia 25, em alta. O otimismo em torno de um possível acordo comercial entre China e Estados Unidos colocou as cotações nos melhores níveis desde 7 de fevereiro. A forte baixa do petróleo, por sua vez, reduziu os ganhos a partir do meio-pregão.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o adiamento do aumento das tarifas sobre os produtos da China, que estava marcado para o dia 1º de março, aumentando as chances de um fim positivo para o embate comercial travado entre os dois países. Trump disse ainda que, por conta do progresso nas negociações, será marcado um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.
Mas os ganhos foram limitados pela queda de quase 3% do petróleo no mercado internacional, reflexo de outra fala de Trump. O presidente afirmou que o preço do petróleo está ficando muito alto, e pediu para a Opep “relaxar” e diminuir a alta dos preços.
SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 9,11 (+1,50 cent)
- Maio/2019: US$ 9,25 (-1,25 cent)
O mercado brasileiro teve uma segunda de poucos negócios e de preços pouco alterados. Chicago teve leve alta e o dólar oscilou pouco, sempre perto da estabilidade, cenário que não alterou o ritmo lento da comercialização.
No Brasil, o avanço da colheita segue em ritmo aquecido, apesar das chuvas dos últimos dias, com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) destacando colheita de 80% da área do MT. Apesar da proporção cada vez maior de soja no mercado, a comercialização ainda caminha de modo mais lento.
SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Passo Fundo (RS): R$ 74,50
- Cascavel (PR): R$ 72,50
- Rondonópolis (MT): R$ 69
- Dourados (MS): R$ 69
- Santos (SP): R$ 78
- Paranaguá (PR): R$ 78
- Rio Grande (RS): R$ 78,50
- São Francisco (SC): R$ 78
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Milho
O mercado brasileiro de milho abriu a semana sem maiores modificações nos preços. As cotações seguem firmes diante da oferta restrita nas principais praças de comercialização. O ritmo de negócios foi discreto no primeiro dia da semana.
De acordo com a Agrifatto, nos fundamentos, o período de entressafra limita a disponibilidade e mantém os preços firmes. Além disso, a competição para originar a matéria-prima entre mercado interno e exportador também gera pressão positiva.
MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Rio Grande do Sul: R$ 38,50
- Paraná: R$ 36
- Campinas (SP): R$ 44
- Mato Grosso: R$ 27,50
- Porto de Santos (SP): R$ 37,50
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 36,50
- Porto de São Francisco (SC): R$ 36,50
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A Bolsa de Chicago para o milho fechou com preços significativamente mais baixos, pressionados pelas fortes quedas do petróleo e do trigo, entre 3% e 4%. O desempenho mais fraco das inspeções de exportação norte-americana também contribuiu para a desvalorização.
As inspeções chegaram a 751,3 mil toneladas na semana encerrada no dia 21 de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, haviam atingido 941,8 mil toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 1,3 milhão de toneladas.
MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL
- Março/2019: US$ 3,70 (-4,75 cents)
- Maio/2019: US$ 3,80 (-4,50 cents)
Café
O mercado brasileiro teve uma segunda-feira de preços estáveis. O comportamento errático do arábica na Bolsa de Nova York, e do dólar contra o real, ambos tendo dificuldades para definir uma direção, determinou a estabilidade no país. Assim, mesmo com mais interesse de alguns compradores, o mercado não teve um dia animado nos negócios, mantendo a lentidão.
CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG
- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 400 a R$ 405
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 405 a R$ 410
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 345 a R$ 350
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 300 a R$ 305
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Na Bolsa de Nova York, o café arábica registrou ligeira baixa nos preços. O mercado trabalhou dentro de margens estreitas, buscando direcionamento. “Quando subiu, não avançou muito, e quando recuou também não se afastou da importante linha técnica e psicológica de US$ 1 a libra-peso”, explicam analistas da Safras & Mercado. Ainda assim, o vencimento de maio fechou abaixo deste patamar.
A queda do petróleo exerceu pressão sobre as cotações. Entretanto, há importante suporte nessa linha de US$ 1 a libra-peso, o que limita as perdas além desse nível.
Não houve notícias ou novidades nos fundamentos. O mercado ainda se mantém pressionado pela oferta tranquila para o abastecimento global.
A BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO
- Março/2019: US¢ 96,40 (-0,05 cent)
- Maio/2019: US¢ 99,85 (-0,15 cent)
Na Bolsa de Londres, o robusta encerrou as operações com preços mais altos. Segundo traders, o mercado avançou diante de fatores técnicos. Apesar da alta na sexta-feira passada, Londres acumulou perdas na semana de 1%. Assim, o começo da semana foi de recuperação técnica, com cobertura de posições vendidas.
Londres teve avanços técnicos mesmo com a queda do petróleo e o comportamento errático do arábica em NY.
CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA
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- Março/2019: US$ 1.531 (+US$ 14)
- Maio/2019: US$ 1.550 (+US$ 11)
Boi gordo
A última semana de fevereiro começa com pouco volume de negócios, informa a Scot Consultoria. Mesmo com menos um dia útil na próxima semana, em função do feriado de Carnaval, os frigoríficos não intensificaram as compras nesta segunda-feira, dia 25.
“As ofertas de compra se alinham à referência. Sinal de que o nível de oferta de boiada não permite testes”, indicam analistas.
Em São Paulo, por exemplo, as ofertas de compra estão variando pouco entre as indústrias e as escalas que estão curtas evidenciam que as estratégias de compra pouco atrativas para os pecuaristas não dão resultados.
Por fim, para que o mercado do boi gordo saia de “cima do muro” é preciso que o consumo de carne melhore, pois, conforme análise da Scot, “a oferta sozinha não tem sido suficiente para pressionar a cotação da arroba para cima”.
Segundo a Agrifatto, o feriado e a virada do mês (pagamento de salários) podem acelerar o escoamento de carnes do atacado e pressionar a indústria a originar um volume maior de matéria-prima nos próximos dias, possibilitando altas das indicações.
BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA
- Araçatuba (SP): R$ 151,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 145
- Goiânia (GO): R$ 141
- Dourados (MS): R$ 139
- Mato Grosso: R$ 133 a R$ 138
- Marabá (PA): R$ 131
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 5 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 150,50
- Paragominas (PA): R$ 137
- Tocantins (sul): R$ 135
- Veja a cotação na sua região
Dólar e Ibovespa
O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações mais negociadas na B3, antiga BM&F Bovespa, encerrou o pregão desta segunda-feira, dia 25, em queda de 0,66%, aos 97.239 pontos. O recorde do índice, de 98.588 pontos, foi registrado no último dia 4.
O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,05%, cotado a R$ 3,74. O euro também se valorizou. A moeda da União Europeia subiu 0,25% e encerrou o dia custando R$ 4,25.
Previsão do tempo para terça-feira, dia 26
Sul
A frente fria avança para áreas do Sudeste, mas as instabilidades seguem fortes entre o leste de Santa Catarina e o Paraná. No litoral paranaense e extremo oeste do estado, onde o tempo fica mais fechado, a chuva é mais expressiva e ocorre a qualquer momento do dia.
Já em áreas do Rio Grande do Sul, o tempo começa a mudar com a presença de uma massa de ar mais seco, que garante o tempo firme na maior parte do estado. Chove apenas de maneira fraca na divisa com Santa Catarina e no litoral do Rio Grande do Sul.
As temperaturas seguem amenas em grande parte da região, devido aos ventos que passam a soprar do quadrante sul.
Sudeste
O sistema frontal avança, mas não alcança o estado de São Paulo, e as instabilidades continuam mal distribuídas por todas as áreas do Sudeste. As pancadas devem ocorrer principalmente na parte da tarde, mas com intensidade moderada, principalmente no norte do Rio de Janeiro e no leste de Minas Gerais.
Na divisa com o estado do Paraná, a chuva pode ser mais volumosa e começar mais cedo. As temperaturas sobem bastante na metade nordeste da região, aumentando a sensação de tempo abafado, justamente por causa da aproximação da frente fria.
Centro-Oeste
O tempo muda bastante no sul de Mato Grosso do Sul, favorecido por instabilidades atmosféricas e a passagem de uma frente fria pelo Sul do Brasil. O dia começa com aumento de nebulosidade, e a chuva vem a qualquer momento, com acumulados bastante expressivos e ventos moderados, além da queda de temperatura.
Nas demais áreas da região, o sol predomina entre poucas nuvens, e a chuva ocorre em forma de pancadas rápidas, isoladas e sem elevados acumulados.
Nordeste
A chuva perde intensidade no interior do Nordeste, e as pancadas são rápidas, pontuais e intercaladas com bastante sol e temperaturas elevadas. A chuva mais expressiva se concentra entre o litoral do Piauí e do Maranhão, por influência da Zona de Convergência Intertropical.
O tempo firme volta a predominar no litoral desde Porto Seguro (BA) até Maceió (AL) devido à atuação de uma massa de ar seco, que inibe a formação de instabilidades.
Norte
Terça-feira com pancadas de chuva mal distribuídas na região. O tempo fica abafado, com temperaturas elevadas, e o calor predomina.
Mas, no período da tarde, a chuva ocorre em forma de pancadas, sendo mais expressivas em áreas do interior do Pará e do Amazonas.