Em março o Brasil exportou 306,5 mil toneladas e em abril 329,9 mil toneladas, volumes próximos aos obtidos no ano passado, antes dos problemas gerados pela crise financeira internacional. Ariel explica que, através de uma união de toda a cadeia produtiva o setor conseguiu reduzir a produção em 15%, próximo da meta pretendida, de 20%, e ajustou a oferta interna frente a demanda, diante do menor volume exportado de outubro a fevereiro. Com isso o alojamento foi caindo, passando de 496,164 milhões em outubro de 2008 para 406,917 milhões em fevereiro.
?Mas em março ele voltou a crescer, atingindo 425,5 milhões de cabeças e tem projeção de atingir 458 milhões em abril, o que preocupa muito e aumenta o risco novamente de uma pressão interna de oferta, o que reduziria preços e prejudicaria as indústrias, mas especialmente ao produtor ? afirma.
Segundo o dirigente, o risco de elevar a produção neste momento é muito grande e é preciso ter “os pés no chão”, primeiro, porque não há indicativo de que as exportações seguirão neste ritmo de crescimento e segundo, porque o mercado interno já não dispõe de grande espaço para incremento no consumo, que gira em torno hoje de 39 quilos por habitante ano, contra 37 quilos de carne bovina e 3 quilos de carne suína.
? Apesar de termos um potencial para alojar até 520 milhões de pintos de corte por mês, o momento indica que devemos continuar recomendando alojamentos em torno de 420 milhões de pintos de corte, o que corresponderia a uma produção de 840 mil toneladas de carne de frango, das quais 550 mil poderiam ficar no mercado interno sendo bem absorvidas e sem que houvesse depreciação de preço e o restante exportado ? analisa.
Ariel Mendes salienta ainda que o patamar de oferta interna de 600 mil toneladas mensais existente até o ano passado não está mais valendo, pelo menos neste momento e nas perspectivas de médio prazo.