As 330 empresas de capital aberto da Bovespa valiam R$ 2,099 trilhões no final de 2007 (quase US$ 1,1 trilhões no câmbio de então), mas caíram até R$ 1,044 trilhões (US$ 454 bilhões no câmbio atual), na sexta, dia 24, uma perda de 49,7%.
Hoje, a bolsa brasileira abriu com tendência de baixa, contagiada pelos resultados da Ásia e Europa.
O grupo de 30 empresas do setor de construção é o mais atingido, com queda de 72,3% em seu valor de mercado, de R$ 53,1 bilhões (US$ 30 bilhões) até R$ 14,7 bilhões (US$ 6,4 bilhões) no período comparado.
O setor de papel e celulose é o segundo mais afetado, com uma perda de 67,7%. O menos afetado foi do de telecomunicações, que caiu apenas 23,5%.
A maior perda absoluta em volume financeiro, porém, foi a das empresas de petróleo e gás, que perderam R$ 232 bilhões (US$ 100 bilhões), seguida pela de finanças e seguros, com outros R$ 223 bilhões (US$ 97 bilhões), e pela de mineração, com perda de R$ 160 bilhões (US$ 70 bilhões).
Estes três setores respondem por quase 59% das perdas no valor de mercado das empresas brasileiras na bolsa de valores.
A bolsa brasileira é uma das mais atingidas pela crise internacional entre os mercados emergentes. Neste ano, o índice Ibovespa perdeu 52%, dos quais 38% somente em outubro.