Os resultados do ano-safra 2014/2015 (julho/junho) foram recorde histórico em termos de volume com 36,49 milhões de sacas exportadas, 6,9% a mais que os 12 meses anteriores. Já a receita registrada no período ficou em US$ 6,85 bilhões, 28% maior que a da safra 2013/2014. As informações são do Balanço das Exportações divulgado hoje pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Para Guilherme Braga, diretor-geral da entidade, “o desempenho da safra 2014/2015 foi bastante positivo, com destaque para o recorde na exportação de conillon que atingiu 4,53 milhões de sacas, 133% a mais que na safra anterior, superando as expectativas”.
O volume de café exportado no mês de junho/2015, último da safra, teve uma redução de 12% no total de sacas em relação a junho do ano passado, fechando em 2,60 milhões de sacas. Já a receita apresentou uma queda de 23,7%, se comparada à registrada no mesmo mês em 2014, atingindo US$ 426,641 milhões.
De acordo com o Balanço das Exportações, no primeiro semestre de 2015, 77,3% do café exportado foi da variedade arábica, 12,9% de robusta, 9,7% de solúvel e 0,1% de torrado e moído. Durante este período, os cafés diferenciados (arábica e conillon) tiveram participação de 25,4% nas exportações em termos de volume e de 32,7% na receita cambial.
O relatório aponta ainda que, de janeiro a junho de 2015, a Europa foi o principal mercado importador, responsável pela compra de 54% do total embarcado do produto brasileiro. A América do Norte adquiriu 24% do total de sacas exportadas, a Ásia, 16% e a América do Sul, 3%. Neste período, os EUA lideraram a lista de países importadores, com 3,58 milhões de sacas importadas (20% do total exportado), seguido pela Alemanha, com 3,27 milhões de sacas (19% do total) e a Itália, com 1,39 milhões de sacas (8%). A Bélgica ocupou a quarta posição, com 1,20 milhões de sacas (7% do total) e o Japão, com 1,20 milhões de sacas importadas (7% do total), ficou em quinto lugar.
O porto de Santos, que embarcou 84,5% do produto exportado (14,91 milhões de sacas), os portos do Rio de Janeiro, que escoaram 7,6% do total (1,34 milhões de sacas) e o porto de Vitória, por onde saiu 4,9% do total (859 mil sacas) foram as principais vias de exportação do café no primeiro semestre deste ano.