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Volume exportado de café cai 25% em abril, para 2,406 mi de sacas

Em termos receita cambial, a queda foi de 34,3% no mês passado, saindo de US$ 536,302 mi em abril de 2015 para US$ 352,213 mi mês passado

Fonte: André Luíz A. Garcia/Fundação Procafé

A exportação brasileira de café em abril alcançou 2,406 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a uma queda de 25% em comparação com o mesmo mês de 2015 (3,207 milhões de sacas). Os números são do Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé), divulgados nesta quarta, dia 11. Em termos receita cambial, a queda foi de 34,3% no mês passado, saindo de US$ 536,302 milhões em abril de 2015 para US$ 352,213 milhões no mês passado.

O presidente do CeCafé, Nelson Carvalhaes, informa por meio de comunicado que o País está vivendo o fim da safra 2015/16, quando é normal que haja uma queda nos estoques, resultado de uma produção menor no ano anterior e que, consequentemente, reflete na exportação. “Os estoques vinham atendendo bem até março. A partir deste mês, porém, em virtude da entressafra e do bom desempenho anual das exportações e do consumo interno, houve a redução que já era esperada. Trata-se de algo pontual e a expectativa é que o mercado volte a crescer nos próximos meses com a abertura da nova safra” prevê.

No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o volume de café exportado pelo Brasil caiu 7,5%, para 11,228 milhões de sacas (12,139 milhões de sacas de janeiro a abril de 2015). A receita cambial do período foi 26,5% menos, saindo de US$ 2,247 bilhões em 2015 para US$ 1,652 bilhão este ano.

Segundo o CeCafé, os preços continuam na mesma tendência de estabilidade. Em abril, a saca atingiu US$ 146,38 ante US$ 146,10 em março.

O Porto de Santos, no litoral paulista, continua como a principal via de embarque das exportações de café brasileiro, com 84,6% da exportação. Desde o começo do ano, mais de 9,5 milhões de sacas já passaram por ali. Destaca-se também o aumento nos portos do Rio de Janeiro (mais de 1,2 milhão de sacas, 11% de participação) e Paranaguá (mais de 106 mil sacas, 0,9% de participação). 

Importação do Peru                                                                     

O presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, manifestou desaprovação com a iniciativa do governo de liberar a importação de café do Peru. “A medida foi tomada à revelia, sem ouvir qualquer segmento da cadeia produtiva”, disse ele, em comunicado.

Segundo Brasileiro, a retirada da análise dos requisitos fitossanitários para importação de café “é, no mínimo, algo amador e enormemente irresponsável, haja vista que os peruanos, além do café, cultivam cacau e utilizam os mesmos maquinários em ambas as culturas”. Conforme o CNC, esse fator é relevante porque a principal praga cacaueira naquele país é a monília, uma doença devastadora para o cacaueiro, cujo agente causal é o fungo Moniliophthora roreri, que até o momento não existe no Brasil e que poderia vir nos grãos de café importados do Peru para dizimar os parques cacaueiro e cafeeiro nacionais.

Brasileiro acrescentou, ainda, que o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Marcos Montes, informou que se reunirá com o novo ministro da Agricultura, em um provável governo de Michel Temer, para solicitar, de imediato, a revogação do ato atual e fazer voltar a valer a Resolução n.º 3, de 20 de maio de 2015.

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