– O café tem baixíssimo preço no mercado e o produtor não tem capital para manter essa produção até que as coisas melhorem – disse Hafers.
Segundo ele, os custos de produção estão entre os principais entraves.
– Em algumas regiões, a mão de obra pode representar até 60% dos gastos totais, em outras, não há sequer capacitação técnica para a atividade – destaca.
Para Hafers, a situação onera principalmente o médio produtor.
– O grande que consegue utilizar maquinário ou aquele que utiliza sua própria mão de obra para o cultivo estão assegurados, porém, o produtor que ainda não se mecanizou tem poucas escolhas e vê sua rentabilidade corroída pelos altos custos de produção – relata.
Para o presidente da SRB, Cesario Ramalho da Silva, a questão não é a disponibilidade de recursos, mas sua aplicação correta. Segundo ele, é necessário desenhar um novo projeto para agronegócio brasileiro.
– Por mais específicos que sejam os problemas do café, eles aparecem em toda a cadeia do agronegócio, o que demonstra a falta de eficiência do governo – afirmou o presidente.