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Cafeicultores investem na industrialização para se manter no mercado

Nos últimos anos, cultura perdeu força e cedeu espaço para a citricultura e a cana-de-açúcarO município de Mococa já foi um importante polo cafeeiro do Estado de São Paulo. Porém, nos últimos anos, a cultura perdeu força e cedeu espaço para a citricultura e a cana-de-açúcar. Quem preferiu manter os cafezais teve de encontrar estratégias para se manter no mercado.

Para permanecer no mercado, o produtor Clóvis Gonçalves resolveu mudar. Ele investiu na torrefação e está ganhando o dobro do valor pago pela saca in natura. Na indústria montada na fazenda, o grão que sai do campo vai para os tanques de água, onde ocorre a separação do café verde e maduro. De lá, parte para os terreiros e seca ao sol. Depois disso, vem a classificação por tipos, a escolha e o torrador. A industrialização foi a estratégia encontrada para continuar vivendo do café no Estado de São Paulo.

? Para continuar no setor mesmo com os preços baixos, o investimento na torrefação aparece como uma das únicas opções viáveis ? disse o produtor Clóvis Gonçalves.

Mococa
A história de algumas fazendas do século XIX se confunde com a do café no Brasil. Os cafezais já deram muito lucro, mas nos últimos anos renderam menos para o produtor. Há 25 anos, o café era a cultura referência em Mococa. Na década de 1980, havia 12 milhões de pés. Atualmente, o número não chega a quatro milhões. Diferente de Gonçalves, a maioria dos produtores abandonou os cafezais.

? Muitos produtores largaram o café e foram investir em cana-de-açúcar e citrus, devido à falta de valorização do café nos últimos anos ? diz o engenheiro agrônomo Luís Carlos Pereira.

Em 2000, Mococa produziu 86 mil sacas de café. O número caiu para 36 mil no ano passado, segundo o instituto de economia agrícola.

Mudanças
Para quem continuou com os cafezais, 2010 está sendo um pouco diferente. A propriedade de Clóvis Gonçalves concentra mais de 640 mil pés de café. Depois de quase 12 anos, o cafeicultor voltou a ver o produto valorizado.

No ano passado, ele vendia uma saca a R$ 240. Neste ano, o preço pago chegou a ficar até 30% maior.

Produtores como Gonçalves devem ficar atentos. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), os preços devem começar a cair assim que a safra 2010/2011 estiver disponível. A projeção da entidade está entre 133 e 135 milhões de sacas. Segundo a OIC, o aumento nas cotações registrado atualmente tem a ver com a incerteza sobre a oferta no curto prazo. Só em julho, ocorreu a maior alta dos últimos 13 anos.

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