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Cafeicultores do PR procuram alternativas para fugir da crise

Ficafé atraiu compradores de outros Estados dos chamados cafés especiaisOs cafeicultores do Paraná estão se organizando em busca de nichos diferenciados de mercado para fugir da crise no setor. A segunda edição da Feira Internacional de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Estado (Ficafé) reuniu mais de cem produtores em Jacarezinho. O encontro atraiu compradores de outros Estados dos chamados cafés especiais.

Para se chegar aos especiais é preciso entre outras ações colher sobre o pano apenas os grãos maduros e aperfeiçoar a seleção e o beneficiamento.

? Esse é um trabalho que vem sendo desenvolvido através da Emater em parceria com outros órgãos, que vem esclarecendo o produtor como preparar esse café. Desde o preparo para o plantio a nutrição da planta, tudo isso faz parte de um contexto. E o final, que é a seca do café, que nada mais é do que você deixar o café permanecer com esses atributos ? disse o organizador da Ficafé, Ronaldo Figueiredo.

Os compradores são exigentes e nem procuram mais por um defeito. Eles querem a melhor qualidade. Os 55 lotes oferecidos foram vendidos entre R$ 650 e R$ 750 a saca. Uma cafeteria da região decidiu trabalhar exclusivamente com grãos do Norte Pioneiro.

? São cafés muito equilibrados. É totalmente desnecessário fazer blend. Eles apresentam todas as características que se deseja, cafés muito doces, com atributos que vão do floral, cítrico, caramelado, e nós somos apaixonados ? declarou o empresário Ademar Martins.

Este ano o Paraná produziu 1,5 milhão de sacas de café. Metade foi colhida no Norte Pioneiro. O produtor Wagner Coelho diz que os grãos especiais elevam o padrão de toda a lavoura, mas exigem dedicação.

? É como um filho. É como uma criança que você tem que olhar todo santo dia. E qual é o pai que não quer o sucesso do filho? Agora, não é fácil. É o clima, é muito sol, é muita chuva. Não é fácil conseguir esse padrão de qualidade ? explicou o cafeicultor.

A primeira região do Paraná a ser colonizada ficou conhecida como Norte Pioneiro, mas o café tomou o lugar da floresta em todo o Estado. Mesmo depois da crise que devastou a cultura em 1975, a região insistiu. Porém, o custo cada vez mais alto e os preços pouco animadores exigiram mudanças. Atualmente, o cafeicultor encontra nos cafés especiais uma alternativa.

Os produtores são tão apaixonados por essa seleção de cafés que dizem que os especiais são verdadeiras pérolas, cultivadas e colhidas de uma forma totalmente diferente. Porém, por trás da paixão, está a busca por preço melhor e pela valorização do café do Paraná.

Os aromas limão cítrico, chocolate, floral cítrico, caramelo e o novo amanteigado podem mudar a antiga fama do Paraná de produtor de baixa qualidade. O agricultor Norberto Gamerschlag vendeu seus lotes para uma rede de cafeterias de São Paulo e já se organiza para exportar.

? Nós visitamos 15 dias atrás exportadores em Santos. A nossa intenção é aglutinar um grupo grande de produtores para que a gente possa exportar direto via Santos. Para isso, você tem que fazer lotes maiores, sempre vendas em contêineres, com uma certa constância de entrega de produto e aí acredito que o exportador em Santos se interesse e em conseqüência vamos poder agregar um valor maior ? disse Gamerschlag.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, visitou a feira em Jacarezinho. Segundo ele, recursos adicionais para apoiar os produtores devem estar liberados em 20 dias.

? Temos um recurso adicional de R$ 500 milhões que são de um projeto de lei que está tramitando no Congresso em caráter de urgência para ser aprovado. O relator está sendo designado por esses dias e a gente acredita que talvez mais uns 15 ou 20 dias nós tenhamos aprovado e os recursos à disposição ? disse Stephanes.

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