Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Cafeicultores da região das Matas de Minas querem renegociação de dívidas

Lideranças pedem três anos de carência, com 15 anos de parcelamento e descontos de 45% para quem renegociarCafeicultores de Minas Gerais querem auxílio do governo federal para pagar dívidas. Prorrogação de prazos e descontos nos valores devidos são as reivindicações do setor, que realizou uma manifestação na manhã desta terça, dia 13, no sul do Estado.

– A minha dívida é R$ 180 mil hoje, devo no banco, já parcelado. A gente está em busca de soluções, mas está difícil – conta o presidente conselho deliberativo Câmara do Café das Matas de Minas, Geraldo Perigolo.

O diretor tesoureiro Câmara do Café das Matas de Minas, Maurício de Oliveira, também reclama do mesmo problema.

– A minha dívida com custeio está em torno de R$ 130 mil e, de fato, infelizmente, eu não tenho como pagar. Como muitos cafeicultores não vão ter como pagar – diz Oliveira.

As dívidas milionárias tiram o sossego dos cafeicultores mineiros. Por isso, as lideranças do setor querem a renegociação dos empréstimos bancários.

– Nós estamos neste momento solicitando do governo federal, das autoridades competentes, a renegociação de todas as dívidas dos nossos cafeicultores. Nós estamos pedindo três anos de carência, com 15 anos de parcelamento e descontos de 45% para renegociar e de 70% para quem puder quitar até setembro de 2015 – diz o presidente da Câmara, Admar Rodrigues Soares.

A região chega a produzir cinco milhões de sacas de 60 quilos de café por safra. Mas neste ano, todos afirmam que a produção vai ser muito menor. A colheita está só no começo e eles ainda não sabem o tamanho exato das perdas.

• Região das Matas deve ter a maior redução de café de Minas Gerais

• USDA estima recuo de 7,8% na safra brasileira de café em 2014/2015

A baixa remuneração na safra passada deixou o produtor descapitalizado. Os pés receberam menos adubação e defensivos. A seca do início do ano também prejudicou a formação dos frutos. Com a perspectiva de menor oferta, o preço da saca aumentou, mas é quase o mesmo valor que eles contabilizam de custos de produção, em torno de R$ 300.

– A nossa cafeicultura de montanha é praticamente artesanal, e estamos concorrendo com uma cafeicultura de baixada, onde são as máquinas que colhem o café com um custo muito menor – avalia o diretor da Câmara, Antonio Simiqueli.

Nos 27 municípios das Matas de Minas há mais de 145 mil hectares de plantações de café e mais de duzentos mil trabalhadores fazem o cultivo e a colheita manual dos 350 milhões de pés.

– O pão de cada dia das nossas famílias, o poder de renda das nossas famílias, todo o setor econômico das nossas famílias de toda a região depende diretamente do café – aponta Admar.

Clique aqui para ver o vídeo

Sair da versão mobile