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Calor na Europa e na Rússia pode beneficiar produtores brasileiros de milho

Cenário favorece exportações no Brasil, mas a opção nem sempre é garantia de lucroA onda de calor que assola a Europa e a Rússia pode beneficiar os produtores brasileiros de milho. Por conta das altas temperaturas e da ocorrência de incêndios, 15 milhões de toneladas do produto já foram perdidas. O cenário favorece as exportações aqui no Brasil, mas a opção nem sempre é garantia de lucro.

A escassez do milho no mercado internacional deve fazer com que o produto brasileiro tenha maior procura. Os agricultores que têm estoque e interesse em exportar podem sair ganhando, segundo o consultor em agronegócio Clímaco César. Ele estima que o preço da commodity deve crescer até 15%.

? O fim do mês de agosto vai ser um período muito interessante para ele vender e fazer dinheiro, quitar suas dívidas e comprar insumos para o ano que vem.

Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os impactos no preço só devem ser sentidos no fim deste ano. E, apesar das projeções serem otimistas, priorizar a exportação nem sempre é a opção mais lucrativa.

? O fator limitante da exportação hoje é o cambio. Ele ainda não traz situação favorável ao escoamento do produto para o mercado externo ? afirma a superintendente técnica da CNA, Rosemeire dos Santos.

Outra barreira é a deficiência em logística, que eleva os custos de transporte do produto ao Exterior.

? O que nós precisamos, em nível interno, é de políticas públicas que garantam o escoamento das áreas onde há milho, que são áreas com problemas de logística, para os portos. Assim teremos condições de aproveitar este momento de mercado, causado pelas intempéries e exportarmos o nosso milho excedente ? explica o consultor da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein.

Em 2007, um fenômeno climático semelhante na Europa causou aumento no valor pago pelo milho. As exportações brasileiras do grão alcançaram 11 milhões de toneladas. A comercialização da safra seguinte decepcionou e, desde então, o produtor vem enfrentando dificuldades. Por isso o momento também é de cautela. Além de ficar atento às manifestações do mercado, especialistas sugerem garantir o preço por meio da venda antecipada.

? Muito pouco dos produtores brasileiros fazem a sua proteção de preço na BM&F e, principalmente, do milho. Então, com isso, trabalham muito no escuro com os custos elevados. Estando na BM&F, o agricultor está seguro com a proteção de preços ? diz Clímaco César.

? É um momento de avaliar o câmbio, de avaliar a estratégia de aquisição de insumos porque isso vai ser determinante para a rentabilidade no próximo ano ? acrescenta Rosemeire dos Santos.

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