No Rio Grande do Sul, as autoridades sanitárias intensificaram o trabalho para evitar a chegada da dengue. O mutirão da campanha percorre as comunidades rurais. O grupo faz o alerta para os riscos e a proximidade da doença. As informações são levadas por extensionistas da Emater, técnicos da vigilância sanitária e agentes comunitários de saúde.
? A maior dúvida que as pessoas têm é o seguinte: elas acham que o mosquito vai se desenvolver em água suja, então a gente sempre orienta que é na água limpa que o mosquito se reproduz com maior facilidade ? explica o agente comunitário Marcos Martins.
O casal Ari e Anita Fernandes mora no interior de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. Ela conta que toma cuidado para evitar a proliferação de mosquitos, principalmente nos vasos de flores.
? A gente sempre cuida dos vasinhos, assim, quando chove, enche de água da chuva, a gente sempre cuida e joga a água fora ? diz Anita.
? Todo mundo gosta de um jardim bonitinho, mas esquece da areia no pratinho ou da limpeza do pratinho. A gente sempre orienta a molhar mais seguido a planta e não deixar a água acumulada nos vasos ? acrescenta a extensionista da Emater-RS, Veroni Fernandes.
O balde com água para o cachorro pode atrair o aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue. O trabalho contínuo nas zonas rurais fez com que gravataí acabasse com os focos da doença.
? Há três anos, Gravataí está negativa com a presença do aedes aegypt. Nós tivemos três focos há quatro anos, foi erradicada a presença do inseto e há três anos estamos só na vigilância ? afirma Alcione dos Santos, da Vigilância Sanitária do município de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre.
Desde o início do ano, foram 232 notificações de casos suspeitos de dengue no Rio Grande do Sul e 22 casos registrados com vítimas vindas de outros Estados.
? Sempre ao redor da casa na zona rural tem que ter muita higiene: não deixar lixo acumulado, não deixar recipientes com água. O poço tem que ficar tapado. Não devemos nos despreocupar ? conclui o diretor do Centro de Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul, Francisco Paz.