O gerente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Walfrido Machado Albernaz, informa que a região de Sete Lagoas (MG) tem a maior produção desse fertilizante natural no Estado.
– A adubação com a cama-de-frango permanece por mais de um ano. Porém, antes de aplicar esse recurso, o produtor deve fazer a análise de solo e do composto para a adubação, de acordo com a exigência nutricional da cultura a ser semeada, para, se necessário complementar com adubo químico -, diz.
De acordo com a Emater, a análise do fertilizante orgânico, que neste caso é a cama de frango, é necessária para determinar a quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio que o fertilizante possui. Além de nitrogênio, potássio e fósforo, enxofre, zinco, cálcio, magnésio, ferro, cobre e outros micronutrientes, a cama de frango também possui matéria orgânica. A matéria orgânica melhora a capacidade de armazenamento de água, facilita o crescimento das raízes das plantas e retém água e nutrientes no solo.
– Para ser mais viável como fertilizante, a cama de frango deverá ser compostada usando-se aditivos biológicos e químicos, como fosfato, gesso, etc. Além disso, a mistura da cama de frango com o esterco bovino pode favorecer a compostagem, pois melhora a relação carbono-nitrogênio -, afirma Albernaz.
Walfrido considera que são necessários mais investimentos em pesquisa para o desenvolvimento de melhorias contínuas no processo de compostagem, na distribuição e na transferência da tecnologia para os produtores. Ele destaca também a necessidade de haver maior fiscalização do uso irregular da cama de frango para incentivar sua melhor utilização como fertilizante.