Os recursos servirão para o Exército aproveitar sua logística e estrutura para obras e serviços de apoio às cidades atingidas pela seca no Semiárido, que se intensificou a partir de maio deste ano.
Segundo o governo, o dinheiro permitirá a compra de veículos, reboques, carros-pipa, reservatórios para transporte de água, bombas d’água, geradores, máquinas e outros equipamentos para recuperar o território atingido.
Para o deputado Felipe Maia (DEM-RN), apesar da relevância da MP, os recursos tiveram baixa execução até o momento. Ele disse que, até agora, passados 125 dias da edição da medida, foi efetivamente gasto apenas 0,11% dos R$ 381 milhões destinados para garantir água nos municípios atingidos pela seca.
– O povo do campo está sem a sua fonte de subsistência, sem plantações, sem gado, e a MP não é executada – afirmou Maia.
Um balanço das defesas civis estaduais, feito em julho, apontou que cerca de 8,3 milhões de pessoas estão sofrendo com a seca em mais de mil municípios nordestinos. De acordo com o Laboratório de Processamento e Imagens de Satélite da Universidade Federal de Alagoas (Lapis), apesar de em julho ter chovido pouco em algumas regiões semiáridas de Sergipe e de Alagoas, as chuvas que poderão alterar o quadro atual devem começar a partir de outubro.
Já um levantamento realizado em maio pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), um dos Estados mais atingidos pela seca, aponta que a agricultura e o setor de serviços podem registrar prejuízo de até R$ 7,7 bilhões no cenário mais pessimista.
Segundo o levantamento, existiam 446 mil estabelecimentos agropecuários nos municípios em situação de emergência, o que corresponde a mais de 60% do total existente na Bahia. Desses, 58% eram pequenas propriedades, com menos de 10 hectares de área.
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