Câmara dos Deputados deve ouvir presidente da Caixa sobre financiamento da marcha do MST

Parlamentares aprovaram um requerimento que pede esclarecimentos sobre a denúncia de repasse da Caixa ao sexto Congresso Nacional do MSTA Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados vai realizar uma audiência pública com o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda. Os parlamentares aprovaram nessa quarta, dia 2, um requerimento do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) que pede esclarecimentos sobre a denúncia de repasse da Caixa ao sexto Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A comissão ainda não marcou a data para a audiência.

O deputado assinalou que o contrato de patrocínio da Caixa, no valor de R$ 200 mil, está publicado no Diário Oficial da União de 3 de fevereiro de 2014.

– Foi firmado pela Gerência de Marketing de Brasília por meio de contratação direta, sem licitação, diz a denúncia publicada no jornal Estadão – completou.

Marcha

O congresso foi realizado em fevereiro e reuniu 15 mil pessoas. Uma marcha organizada pelo movimento percorreu cerca de cinco quilômetros até a Esplanada dos Ministérios. O objetivo declarado era a entrega de uma carta ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com compromissos não cumpridos pela presidente Dilma Rousseff na área da reforma agrária.

Sávio lembra que no decorrer da passeata, o grupo de sem-terra integrou-se a petistas acampados em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) desde as prisões do mensalão, ameaçando invadir a Corte. Na presidência dos trabalhos, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a sessão que ocorria no momento. Um cordão de isolamento feito por policiais e seguranças do STF impediu os manifestantes de avançar em direção ao Supremo. Eles então se dirigiram ao outro lado da Praça dos Três Poderes, rumo ao Palácio do Planalto.

– Quando os sem-terra romperam as grades colocadas na Praça o conflito começou. Manifestantes atiravam cruzes que faziam parte da marcha, pedras e rojões contra a polícia, que usou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os militantes. Ao todo, 30 policiais e dois manifestantes ficaram feridos – ressaltou o parlamentar.