Mesmo com poucos deputados em plenário, o debate marcou o início das discussões no Congresso sobre a situação econômica mundial. Para o ex-ministro da Fazenda Maílson de Nóbrega, o cenário atual é bem diferente do de 2008.
? Eu acho que o risco hoje está muito mais associado à recessão, a um problema na Europa, do que a um colapso do sistema financeiro que levou à contração gigante do crédito e a uma forte desaceleração da atividade econômica mundial no 4º trimestre de 2008 e no 1º de 2009.
Já o titular da pasta acredita que a crise nunca foi superada pelos países avançados. Guido Mantega voltou a dizer que o Brasil não está imune às turbulências do mercado, mas adquiriu uma boa experiência na crise de 2008. Segundo ele, o país tem mecanismos para se proteger.
? O Brasil está fazendo uma política fiscal sólida em que nós estamos cultivando o superávit primário maior que em 2009 e em 2010, e a dívida brasileira é uma das poucas no mundo que está caindo e não está subindo. Nós temos reservas, temos um mercado interno forte ? relatou.
Ele avisou que o governo fará a sua parte.
? Da parte do executivo, haverá todo empenho para que os gastos não cresçam. Estaremos controlando aumento de gastos. Fizemos um contingenciamento e buscaremos que os demais poderes nos ajudem a não fazer propostas que aumentem gastos ? afirmou.