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Câmara encaminha pedido de socorro de cafeicultores ao governo

Reivindicações do setor foram aprovadas por unanimidade em plenário nesta quarta, dia 10Produtores de café pediram socorro ao governo federal nesta quarta, dia 10. Um documento com reivindicações do setor foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados e entregue aos ministérios da Fazenda e da Agricultura.

Cafeicultores de várias regiões lotaram o plenário em busca de soluções para os prejuízos do setor. A principal reclamação é a falta de renda. Segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o preço médio de venda da saca de café é de R$ 250, enquanto o custo é de R$ 320.

? É uma situação que beira o desespero porque a partir do momento em que se está produzindo com custo maior que o preço de venda do produto, não há como sobreviver desta atividade ? afirmou o diretor da Cooperativa de São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais, Adaílson De Paula.

Representantes do setor cafeeiro ressaltam que a cultura é a que mais gera emprego no campo. São cerca de oito milhões de vagas diretas e indiretas, número que pode cair drasticamente caso o governo não tome medidas emergenciais de socorro aos cafeicultores.

Conforme o presidente da Federação de Agricultura de Minas Gerais, os produtores do Estado não têm mais condições de investir no café.

? Vêm se acumulando resultados negativos e com isso dívidas que foram contraídas vão sendo prorrogadas e adiadas sem nenhum efeito, porque não há formação de renda para pagá-las ? explica Roberto Simões.

Por isso, o presidente da Comissão Nacional do Café da CNA acredita que só existe uma saída para o setor.

? Uma imediata política de renda. Não é possível continuar amargando prejuízo. Este foi um ano de safra alta e mais uma vez o produtor não ganhou absolutamente nada ? diz Breno de Mesquita.

No final da audiência, os deputados aprovaram o documento SOS Café, com todas as exigências do setor. Entre as propostas está a conversão das dívidas em produto físico ? tanto as do Funcafé e da Cédula de Produto Rural quanto as contraídas nas demais fontes de crédito. Os produtores pedem também garantia de preço mínimo, redução do risco bancário para facilitar o acesso às linhas de crédito, a recomposição dos estoques do governo, a realização de um programa de opção pública de R$ 1 bilhão e a capitalização do sistema cooperativo.

? Essa proposta é a solução definitiva para a cadeia produtiva de café no país. Chega de políticas de prorrogação de dívidas ? concluiu o presidente do Conselho Nacional do Café, Gilson Ximenes.

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