De acordo com o ministro, o Brasil importa atualmente 70% do que consome. Vêm do Exterior 90% do potássio, 50% do fósforo e 65% do nitrogênio. No curto prazo, o Brasil estuda a criação de uma parceria com a empresa argentina Rio Tinto para explorar minas de potássio com o objetivo de abastecer a região Centro-oeste. Stephanes explicou que a região exporta minério para o país vizinho pela hidrovia do Rio Paraguai, mas as barcaças voltam vazias
Sobre o fósforo, o ministro da agricultura disse que as jazidas existentes no país são suficientes, mas falta dimensionar a explorar os recursos de maneira adequada. Reinhold Stephanes não descarta a possibilidade de uma empresa pública interferir no processo. Outra alternativa estudada pelo governo é uma parceria com o Egito, que já demonstrou interesse em realizar contratos de médio e longo prazo.
Para aumentar a produção de nitrogênio, o ministro disse que estão sendo feitas negociações com a Petrobras.
? A idéia é conseguirmos até o fim do ano. Com mais esses estudos adicionais e se definir os prazos. Nós já sabemos que essa auto-suficiência pode chegar em cinco a dez anos, mas não antes disso.
Na avaliação do Ministério da Agricultura, aumentar a produção brasileira de fertilizantes é a solução para reduzir os preços dos insumos no mercado interno. Enquanto não acontece, o setor alerta que, mesmo com a queda nos preços das principais commodities, os custos de produção devem se manter em alta.
É o que explica o presidente da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA), Eduardo Daher.
? Com a redução dos preços das commodities, seria mais ou menos natural a acomodação também do preço do fertilizante. Essa seria a lei natural da oferta e da procura. Mas, à medida que ele é subsidiado pela China, Índia e Estados Unidos, a situação é complicada. É difícil imaginar que vamos ter retração de preço.