A perspectiva de ampla oferta de milho no mercado internacional e produção recorde no Brasil não devem prejudicar as exportações, pelo fato de o câmbio estar em níveis que aumentam a competitividade do produto nacional. A análise é da consultoria INTL FCStone.
– Comparando o valor do milho de Sorriso exportado para o Japão, o maior importador do cereal, e de Illinois [Estados Unidos] para o mesmo destino, observa-se que quanto mais o dólar ganha valor em relação ao real, mais as exportações brasileiras ganham competitividade em relação à norte-americana – diz a consultoria, em nota.
Uma taxa de câmbio acima de R$ 3,17 tornam as exportações brasileiras mais competitivas que as norte-americanas, abrindo a possibilidade para dois resultados. O primeiro, mais realista, pressupõe que as vendas somarão 21 milhões de toneladas. O segundo, mais otimista, prevê a venda de 26 milhões de toneladas, valor próximo ao recorde de 2013.
– As exportações de milho, que são concentradas no segundo semestre com a entrada do produto da safra de inverno no mercado, estão no foco dos investidores, principalmente nesse momento de dólar mais fortalecido – avalia a analista Ana Luiza Lodi.