-
Boi: cenário de acomodação permanece
-
Milho: preços iniciam semana praticamente estáveis
-
Soja: câmbio favorece cotações nos portos
-
Café: arábica tem leve alta em Nova York
-
No Exterior: dados da economia chinesa surpreendem negativamente
-
No Brasil: Ibovespa fica abaixo dos 120 mil pontos, menor patamar desde 4 de maio
Agenda:
-
Brasil: dados das lavouras do Paraná (Deral)
-
Brasil: IGP-10 de agosto (IGP-10)
-
EUA: produção industrial de julho (FED)
Boi: cenário de acomodação permanece
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o cenário de preços e negócios acomodados permanece no mercado físico brasileiro do boi gordo. Segundo o analista Fernando Iglesias, o início da semana foi marcado pela continuidade do movimento dos últimos dias, com cotações estáveis e escalas de abate em nível confortável.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo também mostram acomodação, de forma que as variações das cotações têm sido apenas pontuais e limitadas. O vencimento para agosto passou de R$ 318,45 para R$ 318,05, do outubro foi de R$ 322,90 para R$ 322,80 e do novembro foi de R$ 328,65 para R$ 327,30 por arroba.
Milho: preços iniciam semana praticamente estáveis
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), iniciou a semana com preços praticamente estáveis. A cotação variou 0,02% em relação ao dia anterior e passou de R$ 99,87 para R$ 99,89 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 27,01%. Em 12 meses, os preços alcançaram 78,41% de valorização.
Na B3, a curva de contratos futuros do milho apresentou comportamento semelhante ao mercado físico, com apenas leves variações. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 99,76 para R$ 99,90, do novembro foi de R$ 100,29 para R$ 100,48 e do março de 2022 passou de R$ 101,52 para R$ 101,54 por saca.
Soja: câmbio favorece cotações nos portos
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais altos. A cotação variou 0,91% em relação ao dia anterior e passou de R$ 172,19 para R$ 173,75 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,9%. Em 12 meses, os preços alcançaram 33,99% de valorização.
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja tiveram um dia de ligeira alta e já acumulam uma sequência positiva de cinco pregões consecutivos. O vencimento para novembro teve uma valorização diária de 0,23% e passou de US$ 13,65 para US$ 13,682 por bushel. Pelo oitavo dia seguido, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou vendas de soja para o exterior.
Café: arábica tem leve alta em Nova York
Na bolsa de Nova York, os contratos futuros do café arábica tiveram um dia de leve alta. O vencimento para dezembro subiu 0,27% no dia e passou de US$ 1,8575 para US$ 1,8625 por libra-peso. O mercado foi guiado por movimentos de cobertura das posições vendidas, após a forte queda observada na última sexta-feira, 13.
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no mercado brasileiro ficaram estáveis, apesar da alta do dólar ante o real. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 1.025/1.030, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou inalterado em R$ 1.030/1.035 por saca.
No exterior: dados da economia chinesa surpreendem negativamente
Os dados da atividade econômica na China em julho decepcionaram e ficaram abaixo do esperado. As vendas do varejo tiveram um crescimento anual de 8,5%, ante projeção de 11,5%. Já a produção industrial teve expansão de 6,4%, também abaixo da estimativa de analistas de mercado, que esperavam alta de 7,8%.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China citou o impacto de incertezas externas, a pandemia e as enchentes, como fatores que contribuíram para o resultado abaixo do esperado. Os dados impactaram algumas bolsas, sobretudo na Europa e nos mercados emergentes, porém, os índices de ações nos Estados Unidos renovaram seus recordes de fechamento, com exceção do Nasdaq.
No Brasil: Ibovespa fica abaixo dos 120 mil pontos, menor patamar desde 4 de maio
O Ibovespa teve uma queda diária de 1,66% e fechou o dia cotado aos 119.180 pontos. Foi o menor patamar de fechamento desde 4 de maio. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,68% e ficou cotado a R$ 5,281, mesmo tendo operado grande parte do dia em baixa. Os dados mais fracos da economia chinesa e a tensão política prejudicaram o mercado brasileiro.
Na agenda econômica de hoje, o destaque é a divulgação do IGP-10 de agosto pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Os índices gerais de preços têm ficado bastante pressionados pela aceleração da inflação de commodities agrícolas e metálicas. Por isso, desde o ano passado, ganharam atenção do mercado para tentar antecipar movimentos nos índices de inflação ao consumidor.