Nos últimos dias, porém, a possibilidade ganhou outros contornos: o de aumento da oferta de etanol no mercado brasileiro para minimizar a alta dos preços da atual entressafra. Jank, entretanto, argumenta que o impacto de uma eventual importação de álcool anidro dos Estados Unidos seria pequeno no mercado brasileiro.
? Se reduzir a alíquota, qualquer importação só chegaria ao Brasil em dois meses, já durante a safra (brasileira) ? disse Jank, que se reuniu nesta quarta, dia 27, com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para tratar de eventuais medidas para o setor.
Jank revelou que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, já sinalizou para os empresários com a possibilidade de o BNDES estudar o financiamento dos estoques de etanol. Essa é uma reivindicação antiga do setor, que vê na estocagem uma solução para a volatilidade dos preços na entressafra, que ocorre, praticamente em todo o começo de ano.
O presidente da Unica afirmou que, neste caso, o impacto foi maximizado por dois fatores: há dois anos os preços vinham em baixa e, para completar, no segundo semestre do ano passado, o excesso de chuvas atrasou a colheita.
? Toda commodity agrícola está sujeita ao clima ? sustentou.
Para Jank, mesmo que venha ocorrer importação de etanol americano, “é bobagem dizer que o Brasil vai se tornar importador líquido”.
Segundo ele, em 2009, o Brasil exportou 3 bilhões de litros de etanol.
? E se vier a importar agora, será o equivalente a 10% desse volume ? disse.