Cerca de 80 caminhões carregados de soja que participam de bloqueios em Caacupé, 55 quilômetros a leste de Assunção, combinaram de partir neste sábado para a Capital, onde aguardarão uma resposta das autoridades sobre a aplicação de uma lei de 2004 que regula o preço do frete, atualmente estabelecido pelas empresas que contratam os caminhoneiros, disseram líderes sindicais da categoria.
Os manifestantes, que também exigem o fim da intermediação que impera no setor, acusam a multinacional ADM de monopolizar os fretes e de empregar sua frota de veículos como armazéns móveis dos grãos que são transportados até os portos.
Os transportadores ameaçaram jogar suas cargas em frente ao Congresso um dia depois do cancelamento de uma reunião de mediação na sede do Ministério da Justiça e do Trabalho, motivado pela ausência de representantes da ADM.
O início dos protestos dos caminhoneiros foi marcado pela morte de um manifestante, atropelado na noite de quarta-feira por um jipe que tentou ultrapassar a barreira montada na localidade de Ypacaraí, 43 quilômetros a leste da capital.
Alguns dos bloqueios interrompem o tráfego na estrada que chega a Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil.