Os agrotóxicos obsoletos são aqueles que foram proibidos de ser fabricados e comercializados. Desde a década de 1980, o Brasil proibiu quase 20 destes produtos. Quem ainda possui os agrotóxicos nas propriedades está em situação ilegal, mas, durante o período de campanha, não corre risco de ser punido.
Os técnicos do governo de São Paulo percorrem o Estado para descobrir qual a quantidade de produto ainda é armazenada nas propriedades. Com os dados, os servidores poderão planejar as próximas etapas da campanha e, principalmente, a destinação adequada.
Segundo a técnica da Secretaria da Agricultura de São Paulo, Marilda Tedesco, no primeiro momento os agrotóxicos obsoletos encontrados não serão recolhidos, apenas armazenados em condições mínimas de segurança. Muitos dos produtos são inseticidas. Um dos mais conhecidos é o BHC.
— Tem vários, como o Aldrin e o heptacloro. Esse conjunto de agrotóxicos obsoletos é, na realidade, poluentes orgânicos persistentes, que são objeto de um tratado internacional, do qual o Brasil é signatário. Então, banir os produtos é bom para o meio ambiente, para a saúde pública e para a agricultura — explica o técnico da Cetesb, Sérgio Alex de Almeida.
O levantamento sobre estes produtos começou a ser feito em outubro de 2011.
— As pessoas têm nos procurado para terem maiores esclarecimentos a respeito da campanha, dos produtos que são obsoletos e dos produtos que são impróprios — explica a agrônoma Denise Machado, da Defesa Agropecuária de Sorocaba.
Uma campanha como a que está sendo feita em São Paulo já foi realizada no Paraná, onde envolveu quase dois mil agricultores e foram encontradas 600 toneladas de agrotóxicos obsoletos.
No Estado do Sudeste a campanha segue até 24 de julho. Até lá, o produtor pode ir até a Casa de Agricultura ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município para preencher o formulário e declarar o que tem guardado.
Mais informações sobre a campanha podem ser encontradas no site.