O vinho brasileiro, trazido pelos imigrantes italianos, primeiramente ao Rio Grande do Sul, hoje já é produzido em mais de 15 Estados. Cada vez com maior tecnologia e com uma identidade nacional. Apesar de toda a evolução da produção nacional, a preferência do consumidor brasileiro é pelo produto importado. Cerca de 80% dos vinhos finos consumidos no Brasil são do Exterior. E o problema não é só esse. Segundo especialistas, o brasileiro ainda não tem o costume de consumir vinho, bebendo apenas dois litros por ano, enquanto os franceses, por exemplo, consomem 60 litros.
A disputa com os vinhos importados e também com outras bebidas é sentida tanto por grandes empresários, mas, principalmente, pelas vinícolas menores. Para mudar essa realidade, o Ibravin lançou a campanha “Abra sua cabeça, abra um vinho brasileiro”. A meta do Ibravin é reverter a tendência de queda de consumo do produto nacional – no ano passado a venda de vinhos brasileiros caiu 5%.
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Algumas iniciativas já têm buscado popularizar o consumo de vinho. Um exemplo é o bag in box: a bebida vem dentro de um saquinho especial que não permite a entrada de ar e embalada nessa caixinha com uma espécie de torneira dosadora. O vinho armazenado dessa forma custa 30% a menos que o de garrafa. Para o diretor regional da vinícola Miolo, Alexandre Miolo, o perfil do consumidor já está mudando e é só uma questão de tempo para o vinho cair no gosto dos jovens brasileiros.
