– Nossa pauta é bastante ampla e antiga. Nós precisamos afirmar questões como infraestrutura, escolas, postos de saúde, entre outros – disse Rosana.
Para ela, além de assentamentos das famílias é necessária uma política de reforma agrária.
– Não existe política de reforma agrária no nosso país. Os assentamentos que existem e que nos últimos anos são poucos não suprem a demanda dos sem terra no nosso país.
O movimento faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres Camponesas da Via Campesina, Há mais de 15 anos, sempre no mês de março, a jornada reivindica os direitos dessas trabalhadoras.
– Mesmo sendo a semana da mulher, a ideia é que os direitos da mulher sejam garantidos em conjunto, pelo homem, pela mulher e pelas crianças. É uma luta da família e dos direitos dos seres humanos.
A produção de alimentos saudáveis e a soberania alimentar também são temas defendidos pelo movimento. Para Rosana é necessária uma política urgente de incentivo para mudar este quadro.
– Há pesquisas que mostram que o nosso alimento possui um alto índice de agrotóxico, causando problemas a saúde como o câncer.
A assessoria de imprensa do Incra informou que ainda não recebeu a pauta de reivindicações dos manifestantes, mas, tão logo receba, fará a avaliação do documento e deve elaborar um calendário para dar inicio à negociação.