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SETOR SUCROENERGÉTICO

Cana-de-açúcar: Centro-Sul deve colher 622,1 milhões de t em 2024/25, diz consultoria

De acordo com a StoneX, volume ficará 5,4% abaixo do recorde de 650 milhões de toneladas previsto para a safra 2023/24

canavial - cana-de-açúcar - herbicidas
Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

A consultoria StoneX estimou a produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul na próxima safra, referente ao biênio 2024/25, em 622,1 milhões de toneladas, volume 5,4% abaixo do recorde de 650 milhões de toneladas previsto para a safra 2023/24. Esta é a segunda estimativa da consultoria para o próximo ciclo.

Em relatório, a StoneX comenta, sobre a produção de cana em 2024/25, que no ano passado o Centro-Sul do país registrou um cenário climático inconstante, influenciado pelo fenômeno climático El Niño.

“Contudo, quando observado a distribuição das precipitações, nota-se que alguns meses registraram volumes acima da média e outros períodos registraram escassez no volume de chuva”, diz, acrescentando que tal fator “favoreceu o andamento da safra 2023/24, porém pode ter prejudicado o desenvolvimento dos canaviais para o próximo ciclo”.

Ainda conforme o relatório, o mix produtivo deverá seguir favorecendo o açúcar, com 52% da cana processada sendo voltada à produção do adoçante, alta de 3 pontos percentuais ante o mix projetado para a safra corrente, de 2023/24. Assim, a produção de açúcar em 2024/25 ficou estimada em 43,1 milhões de toneladas, 1% acima da safra 2023/24 e novo recorde, observa a StoneX.

A produção de açúcar será favorecida por uma ligeira recuperação do ATR (açúcar total recuperável) das lavouras, da ordem de 0,6% em 2024/25 ante 2023/24, totalizando 139,8 quilos por tonelada.

Em relação à produção de etanol de cana, a produção está estimada em 24,5 milhões de metros cúbicos no Centro-Sul em 2024/25, ou 10,4% menos ante a safra 2023/24. A produção de etanol hidratado deve encolher 7,8%, para 15 milhões de metros cúbicos, e a de anidro, cair 14,2%, para 9,5 milhões de metros cúbicos.

Etanol de milho

A produção de etanol de milho, por sua vez, deve crescer 16,1%, para 7,2 milhões de metros cúbicos, levando à produção total do biocombustível (etanol de cana e de milho) para 31,7 milhões de metros cúbicos, queda de 5,5% ante 2023/24.

“Se concretizada a estimativa, o etanol produzido a partir do milho terá participação de 22,7% no total, ou 4 pontos percentuais acima do projetado para a safra 2023/24”, diz a StoneX, no relatório.

A consultoria relata ainda que, diante das projeções para o mercado de açúcar e das perspectivas para o setor de combustíveis, foi estimado um crescimento no consumo de Ciclo Otto de 1,5% em 2024/25, “renovando o recorde do setor, totalizando 44,5 milhões de metros cúbicos”.

“Além disso, seguindo a tendência de ganhos na competitividade do etanol em relação à gasolina, estimou-se um share do hidratado de 27,2%, ou 1,7 ponto porcentual maior do que as estimativas para a safra 2023/24”, diz a StoneX. “Dessa forma, a demanda por hidratado ficou estimada em 17,3 milhões de m³, crescimento de 8,3% em relação à safra 2023/24.”

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