– Após mais de um ano de discussões e intenso trabalho para chegar a essa decisão, o aumento da mistura de etanol traz benefícios ao setor e mostra que o governo enxerga que etanol é importante dentro da matriz energética – afirma a presidente da entidade, Elizabeth Farina.
A nova mistura passa a valer a partir de 16 de março. O resultado dos testes feitos pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras sobre o impacto da mudança nos motores movidos à gasolina apontou que a nova mistura não compromete o desempenho dos veículos.
A Unica prevê que o aumento da mistura deva elevar a demanda por anidro em torno de 1 bilhão de litros. “O setor sucroenergético, que passa pela maior crise de sua história, está preparado para atender a esse aumento da mistura de etanol à gasolina. Os atuais níveis de estoque e a capacidade de produção instalada nas unidades produtoras oferecem total conforto para o atendimento dessa nova demanda de consumo”, disse a entidade.
– Usinas produziram mais, exportaram menos e estocaram produto. Temos mais do que o suficiente para atender o aumento de demanda, mesmo em período de entressafra – destaca o diretor-técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues.
O etanol anidro é regulado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), estimula a contratação entre produtores e distribuidoras, dando segurança total ao abastecimento e traz regularidade na oferta e regularidade no caixa das empresas.
Gasolina volta a ficar mais barata em relação ao mercado internacional
A Datagro informou que, devido à valorização do dólar e à recuperação do preço da gasolina nos Estados Unidos, o preço da gasolina no Brasil, base refinaria, voltou a ficar abaixo do patamar praticado no mercado internacional. Após manter-se acima do mercado externo por quase três meses, o preço da gasolina esteve, no dia 3 de março, 1,9% abaixo do valor negociado na Costa do Golfo dos EUA”. A defasagem, segundo a entidade, não inclui os custos de frete, descarga e internação relacionados à importação de gasolina, que se somam a esta defasagem
De 2011 até outubro de 2014, a defasagem média no preço da gasolina calculada pela Datagro foi, em média, 16%, atingindo um pico de 27%.