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Agricultura

Biocombustível: USDA libera US$ 100 milhões para infraestrutura nos EUA

De acordo com o departamento, o objetivo é facilitar a comercialização de combustíveis renováveis, principalmente etanol e biodiesel

biocombustível, RenovaBio
Foto: Governo Federal

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disponibilizará até US$ 100 milhões para investimentos em infraestrutura no setor de combustíveis renováveis, principalmente o etanol e o biodiesel. Segundo o USDA, o objetivo da medida é facilitar a comercialização dos biocombustíveis.

No ano passado, o governo Trump, buscando conquistar apoio de produtores rurais, suspendeu as restrições à venda de gasolina contendo até 15% de etanol à base de milho (E15), abrindo as portas para o aumento dos investimentos.

Os esforços para expandir o uso de biocombustíveis nos EUA foram bem-vindos pelos produtores de milho e de biocombustíveis, mas enfureceram a indústria do petróleo, que vê os biocombustíveis como um competidor em relação aos combustíveis à base de petróleo.

Tanto o setor petrolífero como o agrícola são importantes para a candidatura à reeleição, no pleito de novembro deste ano, do presidente Donald Trump.

As associações de biocombustíveis saudaram o anúncio. “Somos gratos ao secretário de Agricultura, Sonny Perdue, por esse compromisso de expandir a infraestrutura e o acesso a misturas mais altas de biocombustíveis”, disse a Growth Energy, uma associação comercial de biocombustíveis. “O anúncio do secretário Perdue hoje ajuda a impulsionar misturas mais altas de biocombustíveis na próxima década”.

Já os defensores da indústria de petróleo criticaram. “Se houvesse um forte mercado consumidor para o E15, as próprias redes varejistas investiriam na infraestrutura”, disse Geoff Moody, diretor sênior de relações governamentais da American Fuel and Petrochemical Manufacturers.

Ao longo de seu governo, Trump tentou agradar tanto os lobbies do milho e do petróleo em sua abordagem às leis de mistura de biocombustíveis dos EUA, às vezes irritando os dois lados.

Mais recentemente, o governo teve que reconsiderar suas isenções concedidas às refinarias de petróleo. Os defensores dos biocombustíveis desejam reduzir o número de isenções, enquanto a indústria do petróleo vê as isenções como uma ferramenta necessária para combater “obrigações muito custosas”.

O Padrão de Combustível Renovável dos EUA (RFS) exige que as refinarias de petróleo misturem bilhões de galões de biocombustíveis, como o etanol, à matriz de combustível do país, ou compre créditos conhecidos como RINs daqueles que o fazem. A Administração de Informação de Energia (AIE) pode cancelar as obrigações das refinarias se estas provarem que as mesmas lhes causam problemas financeiros.

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