A safra de cana-de-açúcar 2016/2017 em Goiás, segundo maior produtor do país, deverá ter quebra de 13%, segundo avaliações do Sifaeg e do Sifaçúcar, sindicatos que representam o setor produtivo local. O estado foi um dos mais afetados pelas adversidades climáticas neste ano, em especial a estiagem. Em outras localidades do país, como São Paulo e Paraná, a redução de produção será da ordem de 4%.
Em nota, os sindicatos citam ainda que a temporada em Goiás registrará a chamada “morte súbita”, fenômeno no qual, por falta de chuvas, a cana para de se desenvolver e tem de ser colhida precocemente, tendo como consequência perda de rendimento na indústria. No comunicado, o presidente-executivo do Sifaeg/Sifaçúcar e também do Fórum Nacional Sucroenergético, falou sobre os impactos do clima desfavorável. “Um reflexo da crise é que começamos o ano com cinco empresas em recuperação judicial no estado de Goiás e estamos encerrando o ano com 10 empresas nessa condição”, afirmou.
Conforme o levantamento, no ano passado, até o fim da primeira quinzena de outubro, duas usinas haviam parado a moagem. Nesta safra, já são 12 unidades que encerraram a produção. No total, 60% das usinas terão encerrado a safra até o fim deste mês. A expectativa é de que o ciclo praticamente se encerre em novembro. Apenas duas das 36 unidades em operação em Goiás vão produzir em dezembro.
Em um levantamento feito no setor, no fim de setembro 10 unidades já haviam paralisado a safra, sendo 7 delas apenas em Goiás. Na safra anterior, o estado moeu cerca de 73 milhões de toneladas de cana.