A expansão da capacidade de moagem de cana-de-açúcar pelas usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil não deve se concretizar pelo menos até a safra 2019/2020. Na avaliação de Willian Orzari Hernandes, sócio da empresa de assessoria financeira FG/Agro, o limite de processamento tende a se manter em 631 milhões de toneladas pelos próximos anos, mesmo volume já esperado para o atual ciclo 2016/2017.
Conforme ele, a reestruturação do setor sucroenergético nacional, após anos de crise, deve seguir uma sequência de etapas que não tem a expansão de capacidade de produção como uma das prioridades. Hernandes explicou que a indústria focará primeiro em um mix mais açucareiro, de modo a tirar proveito da alta das cotações da commodity na Bolsa de Nova York por causa do déficit global de produção.
Pelas suas projeções, o Centro-Sul poderá destinar até 53% da oferta de cana para a fabricação do alimento em 2019/2020, ante 40% no último ciclo.
Ainda segundo o sócio da FG/Agro, o setor tende a passar por uma rodada de fusões e aquisições e também de investimentos em cogeração de energia elétrica antes de trabalhar em expansão de capacidade instalada.