As chuvas em julho atrapalharam as operações das usinas de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul, sendo que algumas unidades passaram a primeira quinzena do mês sem conseguir realizar os trabalhos de colheita.
– Esse mês de julho está muito ruim – afirmou o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado (Biosul), Roberto Holanda Filho.
Conforme ele, a entidade deve dar início a uma reavaliação da safra 2015/16 no Estado ainda neste mês. Por ora, a Biosul mantém sua projeção de moagem de 50 milhões de toneladas de cana no atual ciclo, iniciado em abril. O volume representaria aumento de 15% sobre o registrado na temporada anterior.
Mato Grosso do Sul, porém, não foi o único prejudicado pelas chuvas em julho. Na semana passada, o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, disse que São Paulo é o Estado com a safra de cana mais atrasada no Centro-Sul por causa das precipitações. Conforme ele, o atraso beira 11 milhões de toneladas, em relação à safra passada. No começo do mês, de dois a três dias de colheita foram perdidos em razão da umidade.