O dados mostram ainda que as temperaturas médias máximas foram 5,5% superiores às de 2013 e as médias mínimas 3% maiores entre os períodos. Com isso, a produção recuou 9,7% na safra 2014/2015, para 401,2 milhões de toneladas, por causa da queda de 9,6% na produtividade, já que a área plantada caiu 1,5%.
O estudo considera que apenas 20% das regiões produtoras do Estado receberam um volume acumulado de chuvas acima de 1,2 mil milímetros (mm) em 2014, o mínimo necessário para a cana se desenvolver satisfatoriamente. Para piorar, as principais regiões produtoras de cana e também as mais atingidas pela estiagem do ano passado apresentaram quedas expressivas na produtividade.
Em Ribeirão Preto o recuo foi de 3%, em Barretos chegou a 2,8% e em Jaboticabal o recuo na produtividade foi de 21,6%. Nessa última região a produtividade para a safra 2014/20015 foi 80 toneladas por hectare, ante 102 t/ha na safra anterior.
Segundo o IEA, até janeiro deste ano as precipitações foram inferiores ao volume esperado para o período. Esse panorama sugere que a safra 2014/2015 ainda poderá sofrer efeitos do clima, mesmo que ocorram chuvas dentro da normalidade no primeiro trimestre de 2015.