A chuva desta semana é fator de suporte para os preços do etanol no mercado paulista, destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP.
Além de interromper a colheita da cana-de-açúcar, o centro de estudos apurou menor oferta do biocombustível na semana passada, o que fez as cotações subirem mesmo com a demanda um pouco mais fraca.
O hidratado vendido por usinas paulistas teve média de R$ 1,1893 o litro (sem impostos) na semana passada, alta de 1% em relação à semana anterior, e o anidro, de R$ 1,3378 o litro (sem impostos), aumento de 0,1%.
Na quarta, dia 9, o indicador diário do etanol hidratado Esalq/BM&FBovespa posto Paulínia, interior paulista, fechou a R$ 1.169,50 por metro cúbico, alta de 4,6% na parcial do mês.
Conforme o Cepea, a alta só não foi maior porque o mercado paulista segue recebendo “volume expressivo” de etanol de Mato Grosso do Sul e Goiás.
– Os preços praticados naqueles estados estavam competitivos em relação às principais regiões paulistas, mesmo considerando-se as despesas com transporte – informa.
Dados da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), citados pelo Cepea, mostram que em São Paulo a cotação média no período de 30 de agosto a 5 de setembro foi de R$ 1,887 o litro, correspondendo a 61,1% do valor da gasolina (R$ 3,089).
O hidratado também é competitivo em relação ao combustível fóssil em Mato Grosso, onde o preço equivaleu a 57,6% do valor da gasolina, Minas Gerais (63,2%), Paraná (64,9%), Goiás (68%) e Mato Grosso do Sul (68,4%).