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Cide deve voltar de forma parcelada

Medida servirá para não pressionar inflação, diz UnidaA volta da cobrança da Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide) na gasolina deverá ocorrer mesmo de forma "parcelada", para não pressionar a inflação, mas atingirá sua totalidade, de R$ 0,28 por litro, como o era quando foi criada, em 2002. 

De acordo com o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade, o governo precisa de recursos para melhorar a saúde fiscal do País e, por isso, tende a optar pelo retorno integral do tributo. “Isso deve dar R$ 10 bilhões ao governo”, calculou.

Andrade destacou que todos os detalhes a respeito da volta do imposto só serão apresentados na semana que vem, mas disse acreditar que o tributo pode vir acompanhado de redução do preço da gasolina. “A Petrobras tem essa margem agora”, comentou, referindo-se ao fato de o combustível fóssil estar mais caro internamente do que externamente em virtude da queda do barril de petróleo.

Esse seria o caminho contrário àquele ocorrido em 2012. Na época, a Cide foi zerada justamente para atenuar o impacto do aumento do preço da gasolina, mas acabou por prejudicar os produtores de etanol, que viram o hidratado perder competitividade nas bombas dos postos de combustíveis.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, revelou ontem, 13, que a proposta para a reintrodução da Cide será discutida no próximo dia 21 em reunião que terá a presença da ministra da Agricultura, Kátia Abreu; do presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha; da presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, e do presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Roberto Rodrigues. Segundo Andrade, o encontro será no Ministério de Minas e Energia (MME), e o titular da pasta, Eduardo Braga, também participará. 

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