A colheita mecanizada de cana-de-açúcar de São Paulo atingiu 91,3% do total na safra 2015/2016, encerrada em março, de acordo com relatório do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. Os dados referem-se aos trabalhos de usinas e fornecedores signatários e foram divulgados nesta quinta, dia 28, pela secretária estadual do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, durante visita à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
De acordo com o relatório, o consumo médio de água no processamento industrial da cana atingiu o nível estabelecido pelo Zoneamento Agroambiental para a maior parte das regiões do estado. Desde o início do Protocolo Agroambiental, estima-se que cerca de 8,65 milhões de toneladas de gases de efeito estuda deixaram de ser emitidas em São Paulo.
No balanço da safra 2015/2016, 133 unidades agroindustriais e 24 associações, que representam 5.485 fornecedores de cana, obtiveram o Certificado Etanol Verde. A área total compromissada com as chamadas boas práticas agroambientais do Protocolo pelas usinas e fornecedores de cana signatários totaliza 5.405.772 hectares, o que corresponde a 26,3% da área agricultável do estado. As usinas signatárias do Protocolo Agroambiental são responsáveis pela produção de 44% do etanol brasileiro e 92% do etanol paulista.
O Protocolo Agroambiental antecipou os prazos finais para eliminação da queima da cana para as usinas e fornecedores de cana signatários, de 2021 para 2014 para as áreas mecanizáveis e de 2031 para 2017 para as áreas não mecanizáveis. A safra que está em curso (2016/2017) é a última safra na qual as signatárias poderão utilizar o fogo para a colheita de seus canaviais passíveis de queima.