O Brasil deve produzir 684,77 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2016/2017 em fase de colheita, o que corresponde a um aumento de 2,9% em comparação com a safra anterior (665,59 milhões de toneladas). Os números são do segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta quarta, dia 17.
Em relação à estimativa apresentada em abril, de 691 milhões de toneladas, o resultado é 0,9% menor (ou menos 6,23 milhões de toneladas).
Açúcar
A usinas deverão produzir 39,96 milhões de toneladas de açúcar, 19,3% superior à safra 2015/2016, em virtude “de preços mais rentáveis”, informam os técnicos da Conab, em nota. Em relação à previsão de abril, o resultado é 6,6% (2,46 milhões de toneladas) maior (37,5 milhões de toneladas na estimativa anterior).
Etanol
Já a produção de etanol deve se manter em cerca de 27,8 bilhões de litros, com redução de 8,5% por causa da preferência pela produção de açúcar.
Conforme o levantamento da Conab, a produção de etanol anidro, utilizada na mistura com a gasolina, deverá ter aumento de 2,5%, alcançando 11,49 bilhões de litros. Para a produção de etanol hidratado, o total poderá atingir 16,38 bilhões de litros, redução de 14,9% ou 2,87 bilhões de litros, resultado do menor consumo deste combustível.
Área
A estimativa de área a ser colhida é de 8,97 milhões de hectares, que representa um aumento de 3,7% comparada à safra anterior (8,65 milhões de hectares). O incremento de cerca de 318,4 mil hectares “é resultado da cana bisada da safra 2015/2016, do aumento de área própria de algumas unidades de produção e da reativação de uma unidade em São Paulo”, diz a Conab. Se confirmada, será a segunda maior área colhida no Brasil.
No Sudeste, principal região produtora, a área colhida deverá aumentar, uma vez que as chuvas atrasaram a colheita da safra anterior e aumentou a quantidade de cana colhida na safra atual, refletindo em um aumento de 3,4% na produção total. “As produtividades também foram excelentes na safra anterior e as expectativas são boas para esta safra”, informa a Conab.
Já na região Nordeste, apesar de aumentar a área colhida nesta safra, será a segunda menor área da série histórica. As unidades de produção têm concentrado a colheita nas lavouras próprias, em detrimento de fornecedores. O aumento de produtividade nesta safra é uma recuperação em relação às secas ocorridas na safra passada.