O consumo de etanol hidratado bateu recorde histórico em julho, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
A demanda pelo biocombustível, utilizado diretamente no tanque dos veículos, alcançou 1,55 bilhão de litros no mês passado, o maior volume da série histórica iniciada em 2000. O recorde anterior datava de dezembro de 2009, com 1,51 bilhão de litros.
Ainda segundo a Unica, em julho a participação do hidratado no consumo do ciclo Otto atingiu o maior porcentual de 2015, com 24,1%. A demanda nacional de combustíveis leves cresceu 3,4% no comparativo com julho de 2014 e 2,75% quando comparado a junho de 2015. Enquanto isso, o consumo de gasolina C aumentou 2,3% entre os meses de junho e julho deste ano.
Para o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, a expansão contínua do consumo do biocombustível reflete o preço competitivo do renovável frente ao seu concorrente fóssil, a gasolina.
– Em diversos estados, a paridade de preços entre o etanol hidratado e a gasolina segue em patamares inferiores à relação técnica de 70% do rendimento dos veículos. Chamo a atenção para São Paulo, onde a paridade ficou na casa dos 62%, e Mato Grosso, com 60% – comentou, em nota.
Goiás, com 64%, Minas Gerais, com 65%, Paraná, com 66%, e Mato Grosso do Sul, com 69%, são os outros estados onde a paridade entre os preços de ambos os combustíveis ficou inferior aos 70% em julho.