De acordo com Dwyer, o uso total de etanol nos Estados Unidos deve passar de 50,30 bilhões de litros em 2014 para 45,60 bilhões de litros em 2024. Segundo ele, o mercado norte-americano já apresenta sinais de saturação, com redução da demanda por gasolina, que leva etanol em sua composição. Além disso, a expectativa é de mais carros elétricos façam parte da frota do país nos próximos 10 anos.
No caso do Brasil, o consumo total deve passar de 23,80 bilhões para 36,10 bilhões de litros em virtude da perspectiva de crescimento da frota e das políticas de uso do biocombustível, seja de hidratado ou de anidro, misturado em 27% à gasolina.
Exportação
No mesmo evento, o CEO da trading de etanol SCA, Martinho Ono, afirmou que o dólar nos atuais níveis, abaixo de R$ 3,20, ainda não estimula a exportação de grandes volumes do biocombustível, cujo preço do litro brasileiro apresenta defasagem de 20% em comparação ao mercado internacional.
Na avaliação de Ono, as exportações de etanol pelo Brasil tendem, inclusive, a cair no ano-safra 2015/16, que se inicia oficialmente em 1º de abril. Conforme ele, os embarques devem somar entre 1 bilhão e 1,1 bilhão de litros, abaixo dos quase 1,3 bilhão de litros de 2014/15.
Representantes do setor sucroenergético ouvidos recentemente pelo Broadcast avaliaram que o dólar fortalecido poderia estimular as exportações do biocombustível, dando sustentação aos preços internos. Para tanto, contudo, a moeda norte-americana precisaria chegar a um nível próximo de R$ 3,50.