O etanol de cana-de-açúcar brasileiro polui menos do que se imaginava, de acordo com pesquisa coordenada por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A publicação do estudo foi feita na Renewable & Sustainable Energy Reviews. Segundo a pesquisa, o uso de fertilizantes nitrogenados nas áreas de cana brasileira reduz em 19% as emissões totais do biocombustível em comparação com o que mostravam estudos anteriores, por causa do efeito desses fertilizantes nas emissões de óxido nitroso (N2O).
A pesquisa afirma que, se adotada a nova metodologia para estimar as emissões do etanol de cana brasileiro, usinas poderão emitir mais Créditos de Descarbonização (CBIOs) – títulos de carbono negociados no âmbito do programa RenovaBio.
Uma usina que processa 4 milhões de toneladas por ano, por exemplo, ganharia US$ 320 mil a mais com CBIOs se levadas em conta as novas estimativas de emissões.