As paridades do etanol em relação à gasolina devem permanecer abaixo dos 70% no período de entressafra nos principais estados consumidores do hidratado, avalia o Itaú BBA.
O banco prevê que, no próximo mês, a demanda pelo combustível deve continuar fortalecida, mas afirma que os estoques elevados, fruto de uma colheita recorde de cana-de-açúcar, devem seguir pressionando as cotações.
Em Paulínia, a cotação do hidratado chegou a R$ 1,94 por litro no fim da primeira quinzena de dezembro e fechou em R$ 2,00 por litro, sem impostos, em 26/12, queda de 9,2% na comparação com 30 dias antes (26/11).
“Os principais fatores foram a continuidade da safra, em um período que normalmente se reduz a produção, e o aumento dos estoques”, justifica o banco.
Do lado da oferta, a produção total de etanol atingiu na segunda quinzena de novembro 1,2 bilhão de litros, alta de 39,9% comparado com a mesma quinzena da safra anterior.
E, no acumulado da safra, 29,8 bilhões de litros, representando aumento de 11,9% frente ao mesmo período de 2022/23. “Com o aumento do volume sazonal de chuvas e finalização da colheita, a tendência é de redução mais forte da oferta, o que não está acontecendo nesta safra”, avalia o Itaú BBA.
As saídas de etanol hidratado das usinas aumentaram 27,2% em novembro ante igual mês de 2022, porém foram 6% menores do que no mês anterior.
“O maior volume de vendas de etanol está relacionado às paridades nas bombas, que estão abaixo dos 70% em 9 Estados, sendo que, em São Paulo, a paridade permanece em 62%” afirma o banco.