Aumentar a produção de etanol sem expandir a área plantada com cana-de-açúcar é um dos objetivos de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para isso, foi desenvolvida a patente “Hidrólise enzimática da palha de cana-de-açúcar usando enzimas produzidas por fungo”.
“O objetivo foi fazer a hidrólise da palha para produzir etanol de segunda geração. Os fungos utilizados foram isolados de uma usina da região. Vários bioprocessos têm sido desenvolvidos utilizando esses materiais e especial atenção vem sendo dada ao reaproveitamento de resíduos gerados nos diversos processos industriais”, conta a orientadora do projeto, Sharline Melo.
O pesquisador Felipe Santos explica que o aproveitamento de resíduos ocorre em diferentes setores da agroindústria e, com a palha de cana-de-açúcar, é possível realizar a produção de etanol celulósico ou álcool de segunda geração. “A hidrólise nada mais é que a quebra da celulose em unidades de açúcares menores, que podem ser fermentados a etanol usando microrganismos específicos e já conhecidos”, diz.
O invento possibilita o aproveitamento de resíduos agroindustriais, a redução do impacto ambiental e menor custo na produção das enzimas para utilização nas indústrias.
A patente possui aplicabilidade em refinarias bioenergéticas e em setores que utilizam processos de conversão de biomassas, ou derivados da natureza, para a produção de combustíveis, eletricidade e calor.