O reajuste de 6% no preço da gasolina nas refinarias, anunciado pela Petrobras na noite de terça, dia 29, já teve consequências sobre o valor do etanol hidratado, que passou por uma valorização de 7% na quarta, dia 30.
De acordo com o indicador diário Esalq/BM&FBovespa posto Paulínia, interior de São Paulo, produzido pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o etanol hidratado teve reajuste de 7,05%, indo para R$ 1,389 mil o metro cúbico (sem impostos). Na semana, o reajuste acumulado chega a 12,7% ou a R$ 157 por metro cúbico.
Outro fator que provocou a alta foram as chuvas no Centro-Sul, que interrompem a colheita da cana-de-açúcar, levando as usinas a limitarem a oferta de etanol e açúcar para o mercado físico.
Cide
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou ontem que “ninguém pode reclamar” do aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras, porque o governo está deixando os preços fluírem de acordo com as condições do mercado.
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Defensora dentro do governo do aumento da Cide-combustíveis para garantir competitividade ao etanol, a ministra disse que a alta da gasolina e do diesel tem impacto positivo para o setor. Mas, segundo ela, a elevação do tributo – que não precisa do aval do Congresso e pode ser feito por meio decreto – continua sendo necessária. Ela avalia, agora, que a alta da Cide pode ser menor para ajudar o setor do etanol.
– A política do governo não é de controle de preços de combustível. e está deixando as coisas fluírem de acordo com o mercado, era tudo o que nós queríamos. O mercado de preços está livre – disse.
Segundo ela, o fato de a gasolina ter subido 6% efetivamente diminui a necessidade da Cide chegar a R$ 0,60 por litro.
– Pode ser menor, porque existe sempre um número inicial que eles cobram do passado. Eles falam R$ 0,10 mais R$ 0,50 para chegar ao patamar que a Cide representava em relação à gasolina – afirmou.
A ministra afirmou que o consumidor que quiser abastecer com álcool não vai pagar o imposto.
