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Funcionários da Dedini entram em greve

Atrasos de salários e possibilidade de demissões levaram à paralisação de atividades em Piracicaba

Fonte: Divulgação/Canal Rural

Os 1,6 mil funcionários da Dedini Indústria de Base em Piracicaba, São Paulo, entraram em greve por tempo indeterminado devido a atrasos no pagamento dos salários e possibilidade de demissão em massa. 

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do município, Carlos Pereira dos Santos, disse que foi solicitada reunião com a companhia para discutir a questão. Nenhum porta-voz da empresa foi encontrado para falar sobre o assunto.

Conforme Pereira dos Santos, a unidade da Dedini em Piracicaba demitiu 200 trabalhadores em 2014 e ainda não pagou toda a rescisão. Neste ano, o pagamento dos salários do corpo administrativo sofreu atraso. 

A Dedini passa por dificuldades financeiras desde a crise do crédito de 2008, na esteira dos problemas enfrentados pelo setor sucroenergético nacional. A companhia é uma das principais fabricantes de equipamentos para usinas de cana-de-açúcar. 

Sertãozinho

Na unidade da Dedini em Sertãozinho, interior paulista, os funcionários decidiram ontem, dia 21, encerrar a greve que começou no dia 6 deste mês.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região, Samuel Marqueti, a empresa garantiu o pagamento de R$ 1 mil, referente a maio, até esta sexta, dia 24, e a quitação do restante que a empresa deve em 10 de agosto. Referente ao pagamento de junho, o Sindicato e a Dedini definiram um pagamento de R$ 2 mil até 31 de julho e a quitação do restante até 14 de agosto e sobre o salário de julho a quitação até 21 de agosto de 2015.

Ele informou ainda que o ticket alimentação será elevado para R$ 200 ao mês a partir de agosto.

– Como garantia a empresa colocou alguns contratos e um imóvel. Sabemos que a empresa já descumpriu o acordo com a justiça, mas, com os trabalhadores eles sabem que se não pagar voltamos a paralisação – disse Marqueti durante a assembleia que definiu o fim da greve. 

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