A geração de bioeletricidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN), considerando-se todos os tipos de biomassa no país, atingiu 3 mil GWh em julho, respondendo por 8,1% de todo o consumo brasileiro naquele mês. Os números foram divulgados nesta segunda, dia 3, pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), com base em dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). De acordo com a principal associação sucroenergética, esse porcentual é recorde para a biomassa, que tem palha e bagaço de cana como principais fontes.
Conforme a entidade, os 3 mil GWh de julho representaram crescimento de 13% sobre igual período de 2015. Para o mês de agosto, a estimativa de geração é de 2,9 mil Gwh. No acumulado do ano, a biomassa gerou para o SIN um total de aproximadamente 14,5 mil GWh. Atualmente, a biomassa ocupa em capacidade instalada a segunda posição na matriz elétrica brasileira, atrás da hidroeletricidade.
“A biomassa é importante para o país e tem potencial para crescer ainda mais, principalmente pelo fato do governo ter assumido compromisso em reduzir emissões de gases de efeito estufa na Conferência do Clima (COP21), em Paris”, afirmou o gerente em Bioeletricidade da Unica, Zilmar de Souza.
Dentre as metas assumidas pelo Brasil até 2030, consta a previsão de um aumento de 10% para 23% na oferta de energia elétrica renovável produzida a partir das fontes biomassa, eólica e solar. A partir desse cenário, somente o volume energético fornecido pela biomassa da cana para a rede deverá apresentar um crescimento de mais de 300% entre 2014 e 2030.