O índice que mede a área nova plantada com cana-de-açúcar sobre o total cultivado no Centro-Sul do Brasil atingiu apenas 10,6% em 2016, segundo o Levantamento do Instituto Agronômico (IAC) realizado em 217 usinas e destilarias no Centro-Sul do Brasil e divulgado nesta terça-feira, dia 22, em Ribeirão Preto (SP). É o segundo pior índice da história, atrás apenas dos 8% de 1999, ante uma média de 15% e um pico de 23%, em 2006.
O indicador inclui a ampliação de áreas e a renovação de canaviais necessária à cultura. Em tradicionais regiões produtores de cana de São Paulo, o índice de plantio sobre a área plantada também ficou abaixo da média, com 13,4% na de Ribeirão Preto e 14,3% na região de Jaú.
Outro dado do levantamento feito em uma área de 6,11 milhões dos 8 milhões de hectares de cana do Centro-Sul foi a alta idade média dos canaviais, de 3,6 anos, acima da faixa considerada de boa produtividade entre 3,1 anos e 3,5 anos. Na Região de Ribeirão Preto, a maior do País, essa idade média é de 4,04 anos.
“Como se plantou muito pouco nesta safra, no ano que vem esses números vão ser maiores ainda”, disse Rubens Braga Junior, pesquisador estatístico e coordenador do censo varietal, juntamente com o pesquisador e diretor do Centro de Cana do IAC, Marcos Landell. Ele estima uma perda média de 3 toneladas por hectare de cana só por conta da alta do estágio médio avançado para a colheita da cultura.