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Moagem de cana no Centro-Sul cai 0,4% na 2ª quinzena de agosto

No acumulado da safra 2015/2016, moagem aumentou 0,42%, diz Unica 

Fonte: Suelen Farias/Canal Rural

O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul atingiu 47,26 milhões de toneladas na segunda metade de agosto, ligeira queda de 0,38% em relação a igual período do ano passado.

No acumulado desde o início da safra 2015/2016, em abril, até 1 de setembro, a moagem alcançou 374,25 milhões de toneladas (0,42%). Os dados foram divulgados pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).

Conforme o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, “no agregado do Centro-Sul, a quantidade de cana moída até o momento é praticamente a mesma da safra passada, mas no Estado de São Paulo a safra continua atrasada em mais de 10 milhões de toneladas”.

Caso a moagem no estado não se recupere em setembro, é possível que o volume de cana bisada aumente no final deste ciclo agrícola, acrescentou. A cana bisada é a que fica em pé no campo para ser processada na safra seguinte.

ATR

A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana processada atingiu 145,89 quilos nos últimos 15 dias de agosto, abaixo dos 141,22 quilos registrados na primeira metade do mês e 1,47% inferior frente os 147,49 quilos verificados na mesma quinzena da safra 2014/2015.

No acumulado desde o início da moagem em 2015/2016 até 1 de setembro, o teor de ATR por tonelada de matéria-prima totalizou 129,44 quilos, contra 132,85 quilos apurados em igual período do ano passado (-2,16%).

Etanol e açúcar

A proporção de cana destinada à fabricação de açúcar na segunda quinzena de agosto pelas unidades produtoras do Centro-Sul atingiu 43,21%, abaixo dos 45,26% de igual intervalo do ano passado. Consequentemente, o porcentual destinado ao etanol passou de 54,74% para 56,79% entre os períodos.

Com isso, a produção de açúcar nos últimos quinze dias de agosto atingiu 2,84 milhões de toneladas, recuo de 5,95% em relação às 3,02 milhões de toneladas verificadas em igual data do último ano.

A produção de etanol, em sentido contrário, aumentou 2,36% na segunda quinzena de agosto, alcançando 2,29 bilhões de litros este ano contra 2,25 bilhões de litros no mesmo período de 2014. Do total, 920,27 milhões de litros foram de anidro (-4,15%) e 1,38 bilhão de litros de hidratado (7,23%).

Para Rodrigues, “as chuvas observadas na primeira quinzena de setembro devem intensificar o mix de produção mais alcooleiro e dificultar o avanço da moagem”. Em períodos mais úmidos, a matéria-prima perde qualidade e fica mais difícil e caro produzir açúcar, explicou.

No acumulado da safra 2015/2016 até 1 de setembro, a produção de açúcar alcançou 19,2 milhões de toneladas (-8,31%). A produção de etanol, por sua vez, totalizou 16,65 bilhões de litros (3,15%), sendo 10,56 bilhões de litros de hidratado (15,22%) e 6,1 bilhões de litros de anidro (-12,69%).

– Estamos com mais de 60% da safra concluída e a produção de açúcar continua com defasagem superior a 1,7 milhão de toneladas no comparativo com o ciclo anterior, indicando que a migração para etanol ao final da safra 2015/16 será superior àquela esperada no início do ano – ressaltou o diretor da Unica.

Vendas de etanol

As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil alcançaram 2,74 bilhões de litros em agosto, crescimento de 34,26% em relação ao montante vendido no mesmo mês de 2014. Desse total, 258,84 milhões de litros direcionaram-se à exportação e 2,48 bilhões de litros ao mercado doméstico.

O volume de etanol hidratado comercializado no mercado interno somou 1,62 bilhão de litros em agosto deste ano, frente a 1,12 bilhão de litros registrados no mesmo mês da safra 2014/2015 – crescimento de 43,89%. As vendas internas de etanol anidro, por sua vez, totalizaram 862,79 milhões de litros em agosto, contra 826,11 milhões de litros apurados no mesmo período de 2014.

Conforme o diretor técnico da Unica, “o crescimento nas vendas de etanol ao mercado doméstico decorre da ampliação da competitividade do biocombustível frente à gasolina, fato que também ajuda a explicar a preferência das unidades pelo produto na decisão sobre o mix de produção”.

Dados apurados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última semana indicam que o preço pago pelo consumidor para o etanol hidratado foi inferior a 70% daquele praticado para a gasolina nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. Juntos esses Estados representam mais de 60% da frota total de veículos leves do Brasil. 

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