A moagem de cana-de-açúcar pelas usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil totalizou 617,65 milhões de toneladas na safra 2015/2016, encerrada em 31 de março. O volume é recorde para a região e representa um crescimento de quase 8% sobre as 573,14 milhões de toneladas do ciclo 2014/2015. Os números foram divulgados há pouco pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
A produção final de etanol totalizou 28,22 bilhões de litros, quase 2 bilhões de litros, ou 7,59%, acima da marca histórica do ano anterior (26,23 bilhões de litros). Desse volume, 10,64 bilhões de litros foram de anidro (-0,90%) e 17,58 bilhões de litros de hidratado (+13,47%). A produção de açúcar, em contrapartida, somou 31,22 milhões de toneladas na safra 2015/16, com queda de 2,48% sobre as 32,01 milhões de toneladas contabilizadas em 2014/2015.
Segundo o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, “a condição climática favorável ao desenvolvimento da planta ampliou a disponibilidade de matéria-prima, permitindo um crescimento expressivo da moagem na safra 2015/2016 e, ainda, uma sobra de cana no campo”.
Todo esse aumento da quantidade processada foi direcionado à produção de etanol, contribuindo decisivamente para o abastecimento doméstico, acrescentou o executivo.
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ATR
De acordo com a Unica, a qualidade da matéria-prima “piorou muito” na safra 2015/2016. A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) totalizou, no ciclo, 130,51 kg por tonelada de cana, queda de 4,35% frente os 136,45 kg/t verificados na safra 2014/2015.
De acordo com dados levantados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade agrícola da lavoura colhida atingiu 83 toneladas por hectare na safra, o melhor desempenho desde 2010 e superior às 74 toneladas por hectare observadas em 2014/2015.
