Fontes do setor sucroenergético comentaram que a presidente pode ter optado por aguardar os últimos testes de durabilidade feitos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Se assim for, a nova mistura só entrará em vigor em meados de março ou mesmo após 8 de abril, quando ocorre outra reunião da Anfavea e do setor sucroalcooleiro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
O primeiro encontro entre as partes foi em dois de fevereiro e, na ocasião, foi solicitado que os 27% fossem aplicados em até 15 dias, tempo necessário para que as distribuidoras acertassem a compra do produto. Na semana passada, Mercadante despachou com Dilma a respeito do assunto, mas nada foi definido.
De acordo com fontes, teme-se que essa demora estimule os produtores a transformar etanol anidro em hidratado, que tem comercialização mais rápida. Caso isso ocorra, a oferta de anidro disponível neste momento para o aumento da mistura poderia ficar comprometida. Pela lei atual, o governo pode optar por um porcentual que vai de 18% a 27,5%.
A cadeia produtiva de açúcar e álcool havia solicitado, inicialmente, o limite máximo, mas dificuldades quanto à medição do 0,5 ponto porcentual limitaram a mistura, ao menos num primeiro momento, a 27% e apenas para a gasolina C. No caso da gasolina premium, o porcentual permanece em 25%.