Depois de avançar quase continuamente na década passada, quando as exportações passaram de 6,5 milhões para 28 milhões de toneladas em 2010, as vendas externas do país se estagnaram nos últimos quatro anos, registrando apenas 24,1 milhões de toneladas em 2014. Citando dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a FCStone mostra que o valor médio em dólares da mercadoria exportada desde abril de 2011 recuou 44%.
– A elevada correlação entre o dólar e as cotações internacionais do açúcar vem levando à diminuição dos preços em dólares recebidos pelos exportadores brasileiros– explica a consultoria, em relatório.
Os preços da commodity na Bolsa de Nova York são altamente correlacionados com o dólar. A desvalorização do real tende a causar uma variação negativa nos preços do açúcar em dólares. Essa relação é esperada, uma vez que o Brasil representa um quinto da produção mundial e mais de 30% das exportações do produto, enquanto a maior parte dos custos de produção está denominada em real.
– A partir de 2012, o preço do açúcar passou a ter uma relação muito mais próxima com o câmbio brasileiro, alcançando mais de 90% de correlação negativa em 2015 – afirma a FCStone.